Sabe o que come? Não deixe que estas palavras bonitinhas o/a enganem

healthy foods

Aparecem constantemente nas embalagens. Palavras bonitinhas que fazem um produto parecer saudável. Os fabricantes de alimentos gostam de “adoçar” a linguagem que usam para descrever os alimentos embalados. Não admira! É muito mais provável que o coloque de imediato no carrinho de compras se achar que é saudável. Mas, muitas dessas palavras são francamente enganadoras. Você pode pensar que elas significam uma coisa, mas, na realidade, significam outra totalmente diferente. Vamos dar uma vista de olhos a alguns exemplos.

Natural

Quando vê algo que é descrito como sendo natural ou com sabor natural, provavelmente ficará com uma boa imagem desse produto. Deve ser melhor se for natural, certo? No entanto, o termo natural não diz nada sobre segurança ou saúde. Muitas substâncias químicas e compostos que ocorrem naturalmente são venenosas ou prejudiciais para a nossa saúde. Por exemplo, o cianeto e o arsénico são naturais, mas um é mortal, e o outro é uma toxina que danifica o corpo por um curto ou longo período de tempo, dependendo da quantidade e da via de exposição.

constipação e resfriado

A realidade é que a palavra “natural” não é claramente definida pela Food and Drug Administration. Os fabricantes podem usar essa palavra desde que um dos ingredientes não contenha substâncias químicas sintéticas produzidas em laboratório. No que diz respeito aos aromas naturais, utilizam substâncias químicas encontradas na natureza para produzir aromas naturais, mas, muitas vezes, a estrutura química do aroma é muito semelhante às produzidas sinteticamente.

Além disso, muitos produtos rotulados como “naturais” contêm grandes quantidades de açúcar ou adoçantes naturais. Nós sabemos que mesmo adoçantes naturais causam um rápido aumento no açúcar no sangue e contribuem para a crescente epidemia de síndrome metabólica, obesidade e diabetes tipo 2. Uma pesquisa chegou à conclusão que 60% dos compradores procuram a palavra "natural" na embalagem do produto e se sentem bem em comprar esses produtos. Mas quantos olharão para as informações nutricionais na parte posterior para descobrir quantos gramas de açúcar tem?

Os consumidores também têm uma ideia errada do que um produto natural pode conter. Inquéritos mostram que os consumidores têm a ideia de que os produtos naturais são livres de pesticidas e não são geneticamente modificados. Não é o caso. Natural não significa orgânico e que não contem ingredientes geneticamente modificados.

Conclusão: O termo "natural" é mal definido e regulado e é mais um termo de marketing que diz pouco sobre um produto.

Superfood

Será que alguns alimentos têm super-poderes? Isso é o que se pode pensar quando um produto alimentício é rotulado como um superalimento. Mas, tal como o termo natural, o superalimento também não é um termo regulamentado. Na verdade, a União Europeia não permite que o termo seja colocado nas embalagens, a menos que o fabricante corrobore a alegação com um estudo.

Se procurar pela definição de superalimento, descobrirá algo como:

"Um alimento rico em nutrientes que se acredita ser especialmente benéfico para a saúde e bem-estar."

Atraente, não é? Mas, de facto não há regras que um alimento deva cumprir para ser classificado como um superalimento. É por isso que os fabricantes o utilizam tão à vontade em alimentos como sementes de cânhamo, sementes de chia, bagas de açaí, bagas de goji e muito mais. Mas, será que esses alimentos serão mais “super” do que todos os vegetais sem amido, como brócolos e espinafre ou alimentos ricos em proteínas, como o salmão? Super alimento é um termo de marketing e é usado para justificar um preço mais alto.

Feito com fruta verdadeira

Alguma vez já pegou numa caixa de cereais e viu as palavras "Contém fruta verdadeira"? Na verdade a FDA não estipula a quantidade de fruta que deve estar num produto para se poder usar essa frase. Mesmo que o produto contenha apenas uma única fruta, podem alegar que é feito com fruta verdadeira. O que alguns fabricantes fazem é adicionar uma pequena quantidade de fruta verdadeira, sendo que a maioria das frutas são feitas de açúcar e cheias de corantes para ficar com a cor da fruta verdadeira.


GearBest WWSem Glúten

De alguma forma, de repente "sem glúten" tornou-se um símbolo de saúde. As pessoas que têm doença celíaca (cerca de 1% da população) devem evitar todos os vestígios de glúten. Para essas pessoas, consumir alimentos sem glúten é uma necessidade. Outros 10% da população também podem ser sensíveis ao glúten, sem ter doença celíaca e também podem beneficiar de uma dieta livre de glúten. Mas, para uma pessoa comum, uma dieta sem glúten não é necessariamente mais saudável.

De acordo com um relatório da Bloomberg, quase 30% das pessoas dizem que compram produtos sem glúten porque são mais saudáveis. Mas, alimentos embalados sem glúten são geralmente mais baixos em fibras. Além disso, também costumam usar farinha de arroz e xarope de arroz. E o que isso importa? Estudos mostram que o arroz integral é rico em arsénico inorgânico, um cancerígeno conhecido. Se seguir uma dieta sem glúten, é melhor comer alimentos integrais e sem glúten e ignorar o material processado.

Saudável

Os fabricantes podem chamar a um produto “saudável” se ele tiver 3 gramas ou menos de gordura total e 1 grama ou menos de gordura saturada. No entanto, sabemos que uma certa quantidade de gordura é importante para a saúde. Você precisa de gordura para ajudar na absorção de vitaminas lipossolúveis e para fornecer ao seu corpo dois ácidos graxos essenciais que precisa, mas não pode produzir. Além disso, quando os fabricantes retiram a gordura dos alimentos, normalmente adicionam mais açúcar e outros ingredientes para melhorar a textura e o sabor.

Conclusão

Você pode evitar todo esse discurso enganador, consumindo alimentos integrais, não embalados. Os melhores alimentos não exigem um rótulo e os alimentos no seu estado inalterado estão livres de aditivos, açúcar e óleos prejudiciais que os fabricantes adicionam aos seus produtos. Restrinja-se a alimentos integrais sempre que possível. Se comprar algo embalado, não se deixe enganar pelo que está na parte da frente da embalagem. Observe os factos nutricionais e tenha atenção aos ingredientes. Isso ajudará a fazer escolhas mais saudáveis.



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